terça-feira, 25 de abril de 2017

mas que raios eu estou fazendo de errado?

Pois é blogosfera, já é quase natal na Leader Magazine e esse relato de parto ainda não saiu. 

Primeiramente, desculpem o melodrama dos últimos posts... Eu tava ó, sensível pra caramba! O maior mimimi do universo por conta de 1 semaninha de atraso. Vê se pode?! Meu babyblues foi antes do bebê pelo visto...

Segundamente, desculpem a demora. Biscoitinha dorme super pouco, e sempre no colinho da mamãe (ela está dormindo no sling nesse momento - vamos glorificar de pé);

Terceiramente, desc... O bebe acordou, já volto.

3 DIAS DEPOIS...
E assim se resume a minha vida.

Era pra eu vir aqui hoje com meu relato de parto prontinho, mas a coisa toda tá andando em marcha lenta. Cada vez que venho aqui escrevo um pouquinho... E o post já está mais retalhado que roupa de festa junina. Assim não dá.

Eu já não fazia ideia do que eu estava escrevendo. Sabe como é né, o relato de parto tem que ser um post digno de relato de parto. Tenho que dar um gás aqui. Ele vem antes que Dona Azeitona tire a carteira de motorista, prometo.

Por aqui estamos bem. Uns probleminhas de família relacionados a saúde, mas bem. Amamentação tá linda, vou escrever muito por aqui sobre isso. Estamos vivendo um puerpério cheio de aconchego e colinho.

Dona Azeitona é super fofa, aprendeu a rir, adora bater papo, está uma gorducha, com bochechas que mais precisam de um guindaste para serem levantadas (pessoal do snapchat tá de prova). E eu, como sempre, super humilde sóquenão (é que não dá pra falar da cria sem aquele brilho nos olhos, sabe)?!
tipo essa bochecha ai, só que maior
Ela só fica no meu colo. SÓ. O resto do povo tem espinhos nos braços. O carrinho também. Graças ao sling eu consigo fazer xixi (com ela junto, claro), meus banhos são cronometrados, e quase sempre com chorinho de bebê como trilha sonora. Unhas nunca mais. Tô o bagaço da laranja, mas tô maternando feliz, isso que importa. Eu AMO minha filha coladinha comigo. Por aqui rola cama compartilhada também. Dá pra perceber que essa menina é a rainha da exterogestação, néeeeam. Tô literalmente vivendo o quarto trimestre de gravidez.

Por sinal, tô sendo mega criticada por dar muito colo pra minha filha, dizem que estou estragando a criança. Desde quando excesso de atenção e carinho estraga alguém?! Pelo q eu saiba, só o contrário causa danos. E minha coluna vai bem, obrigada.

Sobre o sono, as madrugadas são ótimas, só acordamos pra mamar e voltamos a dormir. Durante o dia é um olho que não fecha. Cheguei a fazer, a pedido do pediatra - quem já viu o filme “Renascimento do Parto”?! Pois é, ele está lá, G.O. Maravilha também - o diário do sono e descobri que essa menina não dorme mais que 13 horas por dia, sendo em média, 11!!!! Isso contando as sonecas de passarinho de 20 minutinhos. O ideal para um RN são 16 a 18 horas diárias de sono. Ok, ela dorme pouco, mas e daí?!

E daí que rola o efeito vulcão. Vai chegando ao final do dia, lá pras 18h, e ela chora, chora, chora... Só quer a mamãe e o mama da mamãe, mesmo assim chora. Rola banho de ofurô, shantala, passeio de carro, paciência de Jó... Ela pára, mas em breve volta tudo de novo. Um ciclo sem fim.
ela
eu
 Eu leio e releio todos aqueles textos maravilhosos do pediatra espanhol Carlos González (pois é, depois da gravidez, trocamos o Michel Odent pelo González) e fico me perguntando:

Que merda eu estou fazendo de errado? Porque meu bebê chora?

E encontrei cavucando o amigo google esse site aqui (tá em inglês, e tempo pra traduzir prazamiga não tá rolando): http://purplecrying.info/what-is-the-period-of-purple-crying.php

Então tá, vamos de Purple time! A única coisa que nunca, nunquinha vou fazer, é deixar meu bebê chorando por algum espaço de tempo sem consolo ou sozinho.


Ps. Esse post foi escrito super rápido durante uma sonequinha de 50 minutos no sling. Oremos por alguma coerência em minhas palavras.